João Farias: A política está no meu sangue!”
João Farias vive em Araraquara há dez anos. Já foi chefe de gabinete de prefeito, se elegeu vereador, é secretário de Habitação, sendo o primeiro na história da cidade a tocar esta pasta e recentemente foi agraciado com um título de cidadão Araraquarense pela Câmara Municipal, algo que o deixou imensamente emocionado. Sobre uma possível candidatura à prefeitura num futuro próximo, ele responde que as coisas fazem parte de um processo de amadurecimento e que vai continuar buscando fazer parte da história política de Araraquara.
João Farias conta que nasceu no dia 24 de maio de 1971, em Campo Limpo, região do extremo sul da cidade de São Paulo,no Jardim Maria Sampaio e onde viveu até os 14 anos de idade.
Mas o homem de bem com a vida, brincalhão, que adora jogar futebol, que não só torce, mas vive o Corinthians e adora curtir um pagode e sambinha com os amigos nos finais de semana, que desfilava em ala show em Franca, que tem um amor incondicional com o samba e rap aprendidos na periferia de São Paulo, que só viu um filme aos 15 anos de idade numa excursão de escola, que adora uma cervejinha, truco,pôquer, e que não foge de uma boa briga teve uma infância muito difícil, pois os pais Manoel Farias e Maria José Serqueira de Farias, mais conhecida como Cecília, que vieram do interior, respectivamente de São João do Pau d’Alho e Alagoas, eram muito simples. Junto com os seis filhos moravam numa casa que tinha um único cômodo, sem, banheiro, com um puxadinho no fundo que fazia ás vezes de sanitário.
Diante da situação, o então menino João, com 8 anos, começou a trabalhar para ajudar em casa.“Eu vendia sorvete na rua e fazia carreto nas feiras livres em São Paulo com um carrinho de rolemã onde sempre dava para tirar algumas gorjetas que serviam para colaborar no orçamento familiar”.
Aos 11 anos teve seu primeiro registro em carteira, o de officeboy. E como tal trabalhou até os 16 anos. “Nas ruas de São Paulo foi um dos lugares onde mais aprendi,pois se vive e convive com tudo que se possa imaginar”.
Militância política, o início
O pai, Manoel Farias, foi militante político bastante conhecido em São Paulo e um dos fundadores do PT, Partido dos Trabalhadores, sendo o primeiro presidente do PT da região sul da capital militando com figuras importantes da política como Santo Dia, operário morto em 1979 pelo policial do então governador Maluf na época do regime da ditadura militar. Já sua mãe trabalhou com a ex-deputada federal Ilma Passoni, ligada ás igrejas e às comunidades de base de São Paulo. Sua militância política se iniciou acompanhando seus pais. “Me recordo que aos nove anos meus pais me levavam para as reuniões do MDB, Movimento Democrático Brasileiro, pois só existiam dois partidos no Brasil, o outro era a Arena, Aliança Renovadora Nacional. Eu e ia às reuniões e já dava meus palpites. Digo que meu envolvimento com a política se dá por causa do meu pai e da minha mãe que sempre tiveram uma vida muito ativa, principalmente no bairro onde a gente foi criado que era um lugar muito carente, que não tinha esgoto, rua asfaltada e nem água encanada e meus pais lideraram na época em que a gente morava no Jd. Maria Sampaio um grande movimento para conseguir infraestrutura e segurança para o bairro e eu os acompanhava, via a luta e as brigas deles com o prefeito da época que era o Mário Covas”.
Com 14 anos João Farias começou a militar efetivamente no PT sendo membro do diretório zonal da Capela do Socorro, que era o responsável pelo bairro que nós morávamos em São Paulo. Aos 16 anos era assessor parlamentar da deputada federal Ilma Passoni.
Logo em seguida, em 1989,aos 17 anos foi trabalhar no Diretório Estadual do PT. Também nessa época começou a apresentar os comícios do Lula no estado de São Paulo.Farias diz que sua oratória sempre foi pura inspiração,pois nunca foi locutor de rádio e nem teve uma experiência na área de comunicação que não fosse na prática efetiva de campanha eleitoral. “ Começou em 89 quando percorri na campanha do Lula e para presidente e para vários deputados mais de 400 cidades do estado de São Paulo. Foi quando, inclusive, conheceu Araraquara e teve contato com os petistas da cidade como Edinho Silva, Edna Martins, Dicão, Galo, Vermelho Carnesseca, figuras ilustres do partido,na época.”Fiquei deslumbrado com a cidade, mas nem sonhava fazer da mesma um dia um lugar para viver”.
Araraquara
A vida de Farias para Araraquara foi no mínimo inusitada,pois já passada algum tempo depois que esteve na cidade e de várias outras experiências políticas importantes como o de ter trabalhado em Santos com o prefeito Davi Capistrano(95-96) em 2000 na campanha do vereador José Mentor, hoje deputado federal um amigo em comum dele e do Edinho Silva, Chaim chamado Chaim ligou dizendo se poderia coordenar a campanha de Edinho a prefeito em Araraquara, pois ele já estava comprometido com a campanha do Félix em Catanduva. Farias veio até Araraquara e acabou aceitando a coordenação da campanha. “ Edinho só tinha 4%, mas estava confiante em sua vitória nas eleições de 2000. Só precisava de qlguém que o ajudasse”.
Por coincidência nesse mesmo período do convite Farias estava passando por um momento pessoal difícil em São Paulo, em processo de separação de seu primeiro casamento.Vindo para cá acabou unindo o útil ao agradável, pois sair de São Paulo naquele momento foi bom para poder colocar a vida pessoal em ordem ao mesmo tempo que tinha nas mãos um desafio, o de alavancar uma campanha eleitoral sem estrutura nenhuma, sem recursos, extremamente limitada financeiramente, com pequenas perspectivas, pois enfrentava candidatos eleitorais muito fortes. “ Foi estimulante. O resultado final todo mundo sabe, pois o Edinho acabou se elegendo, como se reelegeu e hoje é uma figura importantíssima no cenário nacional e eu computo um pouco desse sucesso também a essa coincidência da vida que acabou me trazendo para cá naquela oportunidade”.
Deixou o PT, mas não deixou de ser petista
Sair do PT foi para João foi a decisão mais difícil de sua vida, pois passou boa parte de sua adolescência e toda sua juventude vivendo e se alimentando do PT.Era de segunda a segunda, convivendo de forma muito intima com todas as principais lideranças do partido, incluindo o presidente Lula que me chamava pelo nome, pois apresentava os comícios dele.Tudo que aprendi foi ali. “ Ter saído do PT foi e é muito dificil até hoje.Estou construindo ainda minha história no PRB, Partido Republicano Brasileiro,mas eu tento superar isso todos os dias”.
Araraquara
Ele conta que nunca foi ligado à sindicatos e sim a movimentos estudantis, onde foi líder, que segundo ele, numa época decadente do mesmo, a de 90. Outra coisa ´que não vim para cá a mando do PT ou de Zé Dirceu com quem trabalhou, mas sim por um convite que não era nem para mim e sim para o Chaim.
Quando veio para Araraquara não tinha planos de continuar depois da eleição do Edinho. “Para minha surpresa ele me convidou a me estabelecer na cidade. Confesso que quando ele me fez o convite eu balancei muito, pois a toda a minha história, a minha família, meus amigos estavam em São Paulo. Era reiniciar uma nova história de vida.Agora, o Edinho me convidou para exercer uma função que aqui em Araraquara sempre teve muito peso, até pela história que o saudoso Manço criou na chefia de gabinete no período em que trabalhou com o De Santi, ou seja, se tinha uma imagem na cidade de que o chefe de gabinete era pessoa mais importante depois do prefeito. E o desafio me estimulou a ficar em Araraquara.Assim foram ocorrendo uma série de circunstâncias, os vínculos com a cidade foram se fortalecendo. Até que acabei conhecendo a maior paixão da minha vida e que definiu a minha permanência na cidade, que é a Greice, minha esposa, que foi trabalhar comigo. Ela funcionária pública de carreira, acabamos nos envolvendo e nos casando e hoje temos um filho maravilhoso, o João Farias Filho de 3 anos”, acrescentando que tem mais dois filhos do primeiro casamento,a Priscila de 17 e o Gabriel de 11 que residem em São Paulo e a enteada, filha da Greice, a Bárbara, de 10 anos. “Trouxe a mãe para morar em Araraquara. Quando deixei a administração em 2004, que acho que foi o momento mais difícil da minha história política, onde deixei o governo e consequentemente o PT ficou aquela dúvida do que fazer da minha vida. Sou produtor de eventos, mas a política está no meu sangue, e por mais que eu tente me desvencilhar dela a gente não consegue deixar de estar presente. Assim resolvi continuar fazer política em Araraquara. Ao sair do PT, fui acolhido, de forma surpreendente,por Marcelo Lopes, presidente do PDT de Araraquara, na época que me convidou para ingressar no partido junto com outros companheiros que estavam deixando outros partidos”.
Posteriormente ficou decidido que João Farias seria candidato a vereador. E isso foi de fato um desafio, pois o único vínculo de história na cidade era o fato de ter sido chefe de gabinete do Edinho, mas ele buscou as pessoas que conheciam seu trabalho e apesar de ter pouco na cidade havia se dedicado muito na função em que havia sido designado. Foi uma vitória surpreendente com 1737 votos. “A minha campanha foi fundamentalmente construída em cima de temas ligados à política e da cidade como o da taxa de lixo que foi a minha grande bandeira de campanha”.
Em nome dos pais
João toma fôlego para falar da importância dos pais em sua vida, principalmente do pai, falecido há um ano, mas ele diz que se não fosse seus pais hoje não estaria vivo para contar a história de sua vida, principalmente pelas circunstâncias que viveram em São Paulo quando em certa ocasião seu irmão, hoje um empresário de muito sucesso, foi vítima de uma tentativa de assassinato no bairro onde moravam. “ Ele foi baleado e quase perdeu a vida, eu estava do lado lá, e os meus pais jogaram tudo para o alto, toda a história que tinham naquela região, naquele bairro, naquele momento, para salvar os filhos. Mudamos e fomos para outro bairro em São Paulo e foi onde comecei a acompanhá-los de forma efetiva nas reuniões políticas e a militar. Então, eu diria que a razão da existência do João Farias se traduz no meu pai e na minha mãe em todos os aspectos. Se eu existo enquanto ser humano vivo é porque eu tive pais que souberam no momento correto puxar as rédeas dos filhos e dizer ‘nós vamos cuidar de vocês’ao mesmo tempo que me deram uma estrada para seguir tendo como horizonte olhar para trás e ver a estrada que eles construíram com muito sacrifício e dificuldades”.
João Farias vive em Araraquara há dez anos. Já foi chefe de gabinete de prefeito, se elegeu vereador, é secretário de Habitação, sendo o primeiro na história da cidade a tocar esta pasta e recentemente foi agraciado com um título de cidadão Araraquarense pela Câmara Municipal, algo que o deixou imensamente emocionado. Sobre uma possível candidatura à prefeitura num futuro próximo, ele responde que as coisas fazem parte de um processo de amadurecimento e que vai continuar buscando fazer parte da história política de Araraquara.
João Farias conta que nasceu no dia 24 de maio de 1971, em Campo Limpo, região do extremo sul da cidade de São Paulo,no Jardim Maria Sampaio e onde viveu até os 14 anos de idade.
Mas o homem de bem com a vida, brincalhão, que adora jogar futebol, que não só torce, mas vive o Corinthians e adora curtir um pagode e sambinha com os amigos nos finais de semana, que desfilava em ala show em Franca, que tem um amor incondicional com o samba e rap aprendidos na periferia de São Paulo, que só viu um filme aos 15 anos de idade numa excursão de escola, que adora uma cervejinha, truco,pôquer, e que não foge de uma boa briga teve uma infância muito difícil, pois os pais Manoel Farias e Maria José Serqueira de Farias, mais conhecida como Cecília, que vieram do interior, respectivamente de São João do Pau d’Alho e Alagoas, eram muito simples. Junto com os seis filhos moravam numa casa que tinha um único cômodo, sem, banheiro, com um puxadinho no fundo que fazia ás vezes de sanitário.
Diante da situação, o então menino João, com 8 anos, começou a trabalhar para ajudar em casa.“Eu vendia sorvete na rua e fazia carreto nas feiras livres em São Paulo com um carrinho de rolemã onde sempre dava para tirar algumas gorjetas que serviam para colaborar no orçamento familiar”.
Aos 11 anos teve seu primeiro registro em carteira, o de officeboy. E como tal trabalhou até os 16 anos. “Nas ruas de São Paulo foi um dos lugares onde mais aprendi,pois se vive e convive com tudo que se possa imaginar”.
Militância política, o início
O pai, Manoel Farias, foi militante político bastante conhecido em São Paulo e um dos fundadores do PT, Partido dos Trabalhadores, sendo o primeiro presidente do PT da região sul da capital militando com figuras importantes da política como Santo Dia, operário morto em 1979 pelo policial do então governador Maluf na época do regime da ditadura militar. Já sua mãe trabalhou com a ex-deputada federal Ilma Passoni, ligada ás igrejas e às comunidades de base de São Paulo. Sua militância política se iniciou acompanhando seus pais. “Me recordo que aos nove anos meus pais me levavam para as reuniões do MDB, Movimento Democrático Brasileiro, pois só existiam dois partidos no Brasil, o outro era a Arena, Aliança Renovadora Nacional. Eu e ia às reuniões e já dava meus palpites. Digo que meu envolvimento com a política se dá por causa do meu pai e da minha mãe que sempre tiveram uma vida muito ativa, principalmente no bairro onde a gente foi criado que era um lugar muito carente, que não tinha esgoto, rua asfaltada e nem água encanada e meus pais lideraram na época em que a gente morava no Jd. Maria Sampaio um grande movimento para conseguir infraestrutura e segurança para o bairro e eu os acompanhava, via a luta e as brigas deles com o prefeito da época que era o Mário Covas”.
Com 14 anos João Farias começou a militar efetivamente no PT sendo membro do diretório zonal da Capela do Socorro, que era o responsável pelo bairro que nós morávamos em São Paulo. Aos 16 anos era assessor parlamentar da deputada federal Ilma Passoni.
Logo em seguida, em 1989,aos 17 anos foi trabalhar no Diretório Estadual do PT. Também nessa época começou a apresentar os comícios do Lula no estado de São Paulo.Farias diz que sua oratória sempre foi pura inspiração,pois nunca foi locutor de rádio e nem teve uma experiência na área de comunicação que não fosse na prática efetiva de campanha eleitoral. “ Começou em 89 quando percorri na campanha do Lula e para presidente e para vários deputados mais de 400 cidades do estado de São Paulo. Foi quando, inclusive, conheceu Araraquara e teve contato com os petistas da cidade como Edinho Silva, Edna Martins, Dicão, Galo, Vermelho Carnesseca, figuras ilustres do partido,na época.”Fiquei deslumbrado com a cidade, mas nem sonhava fazer da mesma um dia um lugar para viver”.
Araraquara
A vida de Farias para Araraquara foi no mínimo inusitada,pois já passada algum tempo depois que esteve na cidade e de várias outras experiências políticas importantes como o de ter trabalhado em Santos com o prefeito Davi Capistrano(95-96) em 2000 na campanha do vereador José Mentor, hoje deputado federal um amigo em comum dele e do Edinho Silva, Chaim chamado Chaim ligou dizendo se poderia coordenar a campanha de Edinho a prefeito em Araraquara, pois ele já estava comprometido com a campanha do Félix em Catanduva. Farias veio até Araraquara e acabou aceitando a coordenação da campanha. “ Edinho só tinha 4%, mas estava confiante em sua vitória nas eleições de 2000. Só precisava de qlguém que o ajudasse”.
Por coincidência nesse mesmo período do convite Farias estava passando por um momento pessoal difícil em São Paulo, em processo de separação de seu primeiro casamento.Vindo para cá acabou unindo o útil ao agradável, pois sair de São Paulo naquele momento foi bom para poder colocar a vida pessoal em ordem ao mesmo tempo que tinha nas mãos um desafio, o de alavancar uma campanha eleitoral sem estrutura nenhuma, sem recursos, extremamente limitada financeiramente, com pequenas perspectivas, pois enfrentava candidatos eleitorais muito fortes. “ Foi estimulante. O resultado final todo mundo sabe, pois o Edinho acabou se elegendo, como se reelegeu e hoje é uma figura importantíssima no cenário nacional e eu computo um pouco desse sucesso também a essa coincidência da vida que acabou me trazendo para cá naquela oportunidade”.
Deixou o PT, mas não deixou de ser petista
Sair do PT foi para João foi a decisão mais difícil de sua vida, pois passou boa parte de sua adolescência e toda sua juventude vivendo e se alimentando do PT.Era de segunda a segunda, convivendo de forma muito intima com todas as principais lideranças do partido, incluindo o presidente Lula que me chamava pelo nome, pois apresentava os comícios dele.Tudo que aprendi foi ali. “ Ter saído do PT foi e é muito dificil até hoje.Estou construindo ainda minha história no PRB, Partido Republicano Brasileiro,mas eu tento superar isso todos os dias”.
Araraquara
Ele conta que nunca foi ligado à sindicatos e sim a movimentos estudantis, onde foi líder, que segundo ele, numa época decadente do mesmo, a de 90. Outra coisa ´que não vim para cá a mando do PT ou de Zé Dirceu com quem trabalhou, mas sim por um convite que não era nem para mim e sim para o Chaim.
Quando veio para Araraquara não tinha planos de continuar depois da eleição do Edinho. “Para minha surpresa ele me convidou a me estabelecer na cidade. Confesso que quando ele me fez o convite eu balancei muito, pois a toda a minha história, a minha família, meus amigos estavam em São Paulo. Era reiniciar uma nova história de vida.Agora, o Edinho me convidou para exercer uma função que aqui em Araraquara sempre teve muito peso, até pela história que o saudoso Manço criou na chefia de gabinete no período em que trabalhou com o De Santi, ou seja, se tinha uma imagem na cidade de que o chefe de gabinete era pessoa mais importante depois do prefeito. E o desafio me estimulou a ficar em Araraquara.Assim foram ocorrendo uma série de circunstâncias, os vínculos com a cidade foram se fortalecendo. Até que acabei conhecendo a maior paixão da minha vida e que definiu a minha permanência na cidade, que é a Greice, minha esposa, que foi trabalhar comigo. Ela funcionária pública de carreira, acabamos nos envolvendo e nos casando e hoje temos um filho maravilhoso, o João Farias Filho de 3 anos”, acrescentando que tem mais dois filhos do primeiro casamento,a Priscila de 17 e o Gabriel de 11 que residem em São Paulo e a enteada, filha da Greice, a Bárbara, de 10 anos. “Trouxe a mãe para morar em Araraquara. Quando deixei a administração em 2004, que acho que foi o momento mais difícil da minha história política, onde deixei o governo e consequentemente o PT ficou aquela dúvida do que fazer da minha vida. Sou produtor de eventos, mas a política está no meu sangue, e por mais que eu tente me desvencilhar dela a gente não consegue deixar de estar presente. Assim resolvi continuar fazer política em Araraquara. Ao sair do PT, fui acolhido, de forma surpreendente,por Marcelo Lopes, presidente do PDT de Araraquara, na época que me convidou para ingressar no partido junto com outros companheiros que estavam deixando outros partidos”.
Posteriormente ficou decidido que João Farias seria candidato a vereador. E isso foi de fato um desafio, pois o único vínculo de história na cidade era o fato de ter sido chefe de gabinete do Edinho, mas ele buscou as pessoas que conheciam seu trabalho e apesar de ter pouco na cidade havia se dedicado muito na função em que havia sido designado. Foi uma vitória surpreendente com 1737 votos. “A minha campanha foi fundamentalmente construída em cima de temas ligados à política e da cidade como o da taxa de lixo que foi a minha grande bandeira de campanha”.
Em nome dos pais
João toma fôlego para falar da importância dos pais em sua vida, principalmente do pai, falecido há um ano, mas ele diz que se não fosse seus pais hoje não estaria vivo para contar a história de sua vida, principalmente pelas circunstâncias que viveram em São Paulo quando em certa ocasião seu irmão, hoje um empresário de muito sucesso, foi vítima de uma tentativa de assassinato no bairro onde moravam. “ Ele foi baleado e quase perdeu a vida, eu estava do lado lá, e os meus pais jogaram tudo para o alto, toda a história que tinham naquela região, naquele bairro, naquele momento, para salvar os filhos. Mudamos e fomos para outro bairro em São Paulo e foi onde comecei a acompanhá-los de forma efetiva nas reuniões políticas e a militar. Então, eu diria que a razão da existência do João Farias se traduz no meu pai e na minha mãe em todos os aspectos. Se eu existo enquanto ser humano vivo é porque eu tive pais que souberam no momento correto puxar as rédeas dos filhos e dizer ‘nós vamos cuidar de vocês’ao mesmo tempo que me deram uma estrada para seguir tendo como horizonte olhar para trás e ver a estrada que eles construíram com muito sacrifício e dificuldades”.
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